(Foto: Divulgação)
Godspell é um espetáculo musical que possui como base as parábolas do Evangelho de São Matheus; ele leva ao espectador mensagens bíblicas e filosóficas por meio de um jogo teatral que envolve comédia e poesia.
Um grupo de 12 pessoas arquétipos da sociedade pós-moderna e que podem ser encontrados em qualquer grande metrópole têm seus caminhos cruzados por João Batista/Judas (no espetáculo, as duas personagens são interpretadas pelo mesmo ator) e por Jesus; esse encontro inesperado altera as ações e o olhar de todos para a vida.
A convivência e o aprendizado partilhados por esse grupo propicia a construção de uma comunidade. Ela tem como principais características a busca pela compreensão do outro, o encontro com a essência de cada um de nós, a partilha, a generosidade, o amor e outros bens humanos já tão enfraquecidos diante de uma sociedade automatizada e que coloca seus homens e mulheres num estado de máquina.
As parábolas, as canções e os movimentos cênicos de Godspell traçam o caminho de cada integrante do grupo para compreender a filosofia do “bem viver”, proposta no Evangelho de São Matheus, como um caminho para transformar o processo caótico que rege as relações humanas na sociedade atual.
Teatro, música, brincadeira, humor e poesia se fundem para dar vida a um dos mais emblemáticos musicais da broadoway. Hoje, com novos contornos, ele volta aos palcos paulistanos para uma nova temporada.
O diretor comenta para a nossa equipe como foi fazer a “construção” do espetáculo Godspell: “Compreender a teatralidade essencial de Godspell foi o primeiro caminho para a construção desse nosso olhar. Essa teatralidade é composta por um jogo afiado, preciso e ingênuo. Localizar essa ingenuidade, quase castrada das nossas relações sociais, e coloca-la como força motriz para cada palavra, cada movimento e cada nota foi definitivo para dar o tom dessa montagem. Uma montagem que transita entre o urbano e o romântico; entre o caos e a luz; entre a aridez e a abundância de possibilidades; concatenada com o nosso tempo e o nosso lugar. Não foi nada simples, mas confesso, foi e sempre será comovente ver esse jogo jogado com a alma, o talento e a generosidade desses doze queridos artistas.”
Leonardo nos revela que está sendo um privilégio vivenciar Jesus Cristo, ele contou que foi se dando conta aos poucos do que é o próprio espetáculo, na cultura, desde os anos 70 para hoje, do que representa esta figura mítica que é Jesus, e o que o próprio Godspell ele representa. “Neste espetáculo temos uma roupagem contemporânea para o que já é dito a milênios, colocar uma coisa antiga de um jeito novo, isso sim foi um desafio. Eu trouxe aos palcos uma faceta de Jesus cristo, uma pequena parte dele, um pouco do que ele nos ensinou.” diz o ator.
O ator em sua concepção busca em ver e estudar como foi Jesus em não ter raiva, ensinar as pessoas, como ele conseguiu oferecer a outra face á alguém que tenha feito mal a ele, são perguntas que o público deve fazer e eles também fazem em cena, e no dia a dia.
Leonardo revela a nossa equipe que eles não tem o intuito de catequisar e nem de moralizar ninguém, o espetáculo tem um pouco do sagrado tanto do teatro quanto a própria igreja, foi uma forma de unificar tudo isso, foi uma forma de atrair essas dimensões para esse encontro com o público, por isso eles tentam fazer de uma forma leve, só para lembrar que já ouvimos isso!
(Foto: Walquiria/ Foco das notícias)
Matheus Severo, vive o Herb nos palcos do espetáculo e ele contou um pouco pra nossa equipe sobre o seu processo criativo que em si não tiveram um laboratório, ele disse que os próprios atores neste espetáculo tem uma liberdade muito grande de criatividade, na preparação de seu personagem, até equiparando a primeira montagem o nome de alguns personagens são nomes dos próprios atores o qual interpretaram os respectivos.
Matheus revela que no musical Godspell eles tratam de algo além de religião, eles tratam de algo que não se torna um dogma, eles tratam de amor, amor ao próximo, eles tratam de algo que é amar o seu inimigo diante de qualquer situação.
Ao ser perguntado pelas dificuldades da carreira de ator no mercado, ele nos revela que é a instabilidade e o financeiro que também pesa muito, e ele ainda completa: “Ou você é um global que ganha muito dinheiro e visibilidade, ou você está na batalha como todos os outros, isso sem desmerecer a carreira tanto dos que estão na batalha, quanto aos que já conseguiram uma certa estabilidade”. Matheus ainda diz que na carreira que mantinha anteriormente não estava tão feliz, e hoje se sente realizado por poder seguir na arte, e servir de instrumento para a reflexão da sociedade, ter o seu crescimento como pessoa, e server como um ‘instrumento” que possibilita o crescimento da sociedade!
Matheus manda um recado para todas as pessoas que admiram o seu trabalho e seguem também nas redes sociais! Ele admira muito este carinho, e é muito grato pelas pessoas que o acompanham. “Nunca imaginamos que outras pessoas vão gostar do que a gente faz, a não ser os nossos amigos e nossos familiares, e quando você vê pessoas desconhecidas admirando o seu trabalho é algo que lhe trás muito folego, e é muito gratificante que as pessoas saiam felizes do que você faz. Vejo na arte um instrumento de melhora social !”.
Leonardo Miggiorin ainda faz o convite: “Venham abençoados, venham aqui que eu vou batizar todo mundo, com a minha água benta e santa, na verdade vamos batizar essa platéia com muito humor, carinho, amor e alguns questionamentos também … Então venham se divertir com a gente!”
Serviço:
Data: De 04 de agosto á 09 de Outubro de 2016
Horário: Sextas às 21h30, sábados, às 21h. Domingos, às 20h.
Local: Teatro das Artes - Av. Rebouças, 3970, loja 409 – São Paulo/SP
Duração: 120 minutos
Valores: R$ 100,00 (Platéia) | R$ 80,00 (Balcão e Frisas)
Classificação: Livre
Venda de ingressos: na bilheteria | ingresso.com
Bilheteria: Terça e Quarta das 14h até as 20h. | Quinta a domingo das 14h até o inicio do espetáculo.
Informações: (11) 3034-0075