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Comédia Musical Memórias Póstumas de Brás Cubas conquista o público com muita dança e envolvimento

  • Redação
  • 2 de abr.
  • 2 min de leitura



Brás Cubas, o “defunto autor”, se assume como tendo sido um aristocrata medíocre em vida, mas mesmo assim consegue, através do riso e da sedução, conquistar a empatia do público. Ele pertence a uma elite aventureira, dividida entre o desejo liberal e a prática escravocrata. A montagem traz uma visão moderna do romance baseada na carnavalização, salientando seu aspecto cômico-fantástico. A encenação realiza uma “conversa” entre quatro artes: o teatro, a literatura, a dança e a música.


Numa proposta brechtiana de trabalho, o ator após o terceiro sinal entra no palco, cumprimenta a plateia e, ao explicar a montagem, pede que todos participem numa canção que irá apresentar no decorrer da peça. Em seguida, vai para a marcação inicial (o túmulo) e dá inicio ao espetáculo.

O personagem defunto, irreverente e amoral de Machado permanece atual, já que ao contar sua trajetória de vida, Brás Cubas faz uma crítica mordaz à sociedade aristocrática da época, que agia de forma inescrupulosa, menosprezando a ética.


Em um solo vibrante, Marcos Damigo vive um Brás Cubas bem-humorado, irreverente, egoísta e amoral. Com uma narrativa não linear e fiel à obra original, o personagem dialoga com a plateia, canta, dança, discorre sobre seus envolvimentos amorosos e episódios de sua vida enquanto passeia pelas agruras da sociedade de seu tempo. “A recepção do público sempre foi ótima: uma plateia muito jovem, evidentemente interessada pela obra por causa do vestibular, misturou-se a espectadores maduros, admiradores de Machado de Assis, e foi unânime o impacto causado pelo trabalho de Damigo, ator que está na plenitude do uso de seus recursos vocais e corporais para interpretar o imprevisível Brás Cubas, em cenas ora sérias, ora cômicas, ora fantásticas, ora musicais. Tanto na adaptação quanto na direção, minha concepção brechtiana – com destaque para os aspectos filosóficos da obra – exige do ator experiência, inteligência, despojamento e versatilidade, e Marcos Damigo está impressionante no papel do irônico defunto”, afirma Regina Galdino.


A montagem une teatro, literatura, música e dança: além do relato da vida do personagem, Damigo — que assina a coreografia e está à vontade em cena —, canta e dança para compor Brás Cubas.


O monólogo traz à tona toda a atualidade deste livro genial de Machado de Assis, oferecendo ao público um olhar agudo sobre a sociedade brasileira do século XIX. A equipe conta com profissionais já conhecidos da cena paulistana: além de Damigo, que tem mais de 30 anos de experiência nos palcos, o diretor musical e arranjador Pedro Paulo Bogossian, que trabalhou as músicas originais da peça criadas por Mário Manga, do antológico Premeditando o Breque, e Fábio Namatame no figurino. Regina Galdino assinou e dirigiu, em 1998, uma montagem desta mesma adaptação, interpretada por Cássio Scapin, quando o espetáculo recebeu vários prêmios e elogios da crítica.



Serviço: 


Data: de 05/03/25 até 10/04/2025

Local: Teatro Uol - Shopping Pátio Higienópolis

Endereço: Av. Higienópolis, 618 - Higienópolis, São Paulo - SP

Horários: Terças às 20h | Quartas às 20h

Duração: 85 minutos

Classificação: 14 anos

Bilheteria: Segundas das 13h às 15h;  Terças, quartas, quintas e sextas das 13h às 20h; Sábados, das 13h às 22h; Domingos, das 13h às 20h

Telefones: (11) 3823-2323 / (11) 3823-2423 / (11) 3823-2737

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