top of page
  • Redação

Irene Ravache comemora 56 anos de carreira com o espetáculo "Alma Despejada


(Foto: João Caldas Fº/Divulgação)

Com texto de Andréa Bassitt e direção de Elias Andreato, a peça foi escrita especialmente para Irene Ravache. “Conheço Irene já há algum tempo e sempre conversamos muito sobre a vida: o país, a política, a família e tantas outras coisas.


Muitas vezes pensamos de um jeito parecido, e essa afinidade foi bastante inspiradora. A ideia era falar sobre isso tudo, sem medos nem críticas, mas com humor e delicadeza. Ao longo do processo, a história acabou tomando um rumo inesperado para mim, mas que não havia como evitar, uma vez que vivemos momentos de grande impacto na nossa história e o teatro sempre acaba refletindo essas situações”, conta Andréa Bassit.


Sobre a peça, Irene Ravache comenta: “Fiquei fascinada com esse texto e sua poesia. É muito delicado e fala da memória de uma mulher na minha faixa etária.


Mesmo sabendo que a personagem está morta, não é uma peça triste, pesada ou rancorosa e fala muito mais de vida do que de morte. Eu adoro esse tipo de possibilidade que o teatro oferece. E não tenho medo de misturar essas coisas, porque isso faz parte da vida. Nossa vida não é linear. Ela tem essas nuances”.


Com muito bom-humor, a instigante montagem conta a história de Teresa, uma senhora com mais de 70 anos que, depois de morta, faz sua última visita à casa onde morava. O imóvel foi vendido e sua alma foi despejada.


“Essa mulher é apresentada diante de sua própria vida, e, a partir dessa visualização, ela encontra o entendimento da sua existência. É como se precisássemos abandonar a matéria para sermos conscientes de nós mesmos. A psicanálise e o teatro estabelecem este mesmo jogo. Talvez, precisemos descobrir intensamente o nosso mundo, onde o sagrado possa nos confortar”, revela o diretor Elias Andreato.


Teresa era uma professora de classe média, apaixonada por palavras, que teve dois filhos com Roberto, seu marido, homem simples, trabalhador, que se tornou um empresário bem-sucedido e colocou sua a família no ranking de uma classe média emergente.


Em sua visita derradeira, Teresa lembra de histórias e pessoas importantes em sua vida como a funcionária Neide, que trabalhou em sua casa por 30 anos, e sua melhor amiga Dora. A personagem transita entre o passado e o presente, do outro lado da vida, sempre de maneira poética e bem-humorada.


A teatralidade do texto de Andrea Bassitt (que também escreveu as peças As Turca e Operilda na Orquestra Amazônica), instiga o espectador a seguir uma história aparentemente trivial, mas que tem uma trajetória surpreendente, em sintonia com a nossa sociedade e os fatos atuais.


“A memória é assustadora quando ela nos falta e encantadora quando ela nos ajuda a contar nossas histórias. Na peça, lidamos com a memória, como a personagem, sem medo de enfrentar nossos demônios e nossos momentos sonhados”, acrescenta Andreato.

Serviço:

Data: 18 de Setembro a 28 de Novembro

Local: Teatro Porto Seguro

Endereço: Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos

Horário: Quartas e Quintas, às 21h

Horário da Bilheteria: De terça a sábado, das 13h às 21h e domingos, das 12h às 19h.

Informações: (11) 3226.7300

Ingressos: Plateia: R$ 70,00 | Frisas e Balcão: R$ 60,00 (com opção de meia entrada)

Vendas: Bilheteria | Online

Duração: 80 minutos

Classificação: 14 anos

bottom of page