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Redação

Espetáculo “O canto de ninguém” tem direção musical de João Carlos Martins, texto de Luccas Papp e F

(Foto: Fernando Maia / Divulgação)

O universo da música clássica, um jovem gênio perturbado, uma homenagem aos que tem muito a dizer. Esses são os elementos de O Canto de Ninguém que estreiou no dia 6 de março, no Teatro Itália. Com texto de Luccas Papp, que está em cena ao lado da atriz Fabi Bang, a peça tem direção de Kleber Montanheiro e direção musical de João Carlos Martins.


Na peça, Geoffrey Smithson é o “Mozart contemporâneo”. Aos 27 anos, o compositor e pianista já é considerado o maior representante da música erudita do seu tempo. Antissocial e enigmático, ele procura uma jovem cantora para estrelar sua ópera, que segundo ele será “a maior realização musical do século”. Samantha é uma cantora lírica de muito talento e quase nenhuma experiência. Surpreendentemente é aprovada nas audições e adentra a sala secreta de composições do rapaz para seu primeiro ensaio. O que acontece a partir desse momento vai muito além do que ela poderia imaginar. Desejos, segredos, reviravoltas e uma dose de loucura fazem desse, um encontro único e imprevisível.


A música clássica permeia o espetáculo com oito temas inéditos compostos pelo maestro João Carlos Martins e José Antônio Almeida, uma delas - O Canto de Ninguém - tem letra de Papp, que a compôs durante a dramaturgia. Em uma cena, Fabi Bang interpreta A Rainha da Noite, composição da ópera A Flauta Mágica de Mozart, além de citações a Antonio Vivaldi e Johann Sebastian Bach.


Luccas Papp escreveu o texto em 2015, admirador da música erudita e instigado pelo desejo de aproximar o gênero musical a um maior número de pessoas possível. “A história questiona ofato de artistas excelentes em seu trabalho não terem a mesma voz que certos expoentes. É algo que sempre quis dizer, de como lidamos com a arte, que é uma questão mais de status do que de apreciação. O consumo da arte hoje, principalmente com o advento das redes sociais, coloca as pessoas em um evento artístico mais para serem vistas do que para apreciar uma obra de arte”, conta o dramaturgo e ator. O longa Amadeus (1984), com direção de Milos Forman, livremente baseada na vida dos compositores Wolfgang Amadeus Mozart e Antonio Salieri, é uma de suas inspirações para criar o universo dramatúrgico do espetáculo.


Primeira vez juntos em cena, Papp conta que pensou em Fabi Bang para contracenar com ele assim que terminou de escrever o texto. Ela, que já mostrou seu talento em grandes produções como Miss Saigon, Cats, Evita, Cabaret, A Família Addams, Wicked e A Pequena Sereia, faz sua primeira incursão em um espetáculo fora do universo dos musicais. “A medida em que fui entrando na história, o texto foi fazendo cada vez mais sentido para mim e percebi o quanto a minha carreira se cruza com a da personagem. Eu já havia atuado em muitos musicais, mas foi aos 30 anos que tive uma grande oportunidade de visibilidade em Wicked. É como uma quebra-cabeça pessoal que vai se encaixando e é um texto muito apropriado para nossa história pessoal”, diz Fabi.


Sobre o desafio de fazer uma personagem fora do circuito musical, Fabi conta que há muito tempo estava buscando amplificar esse território. “É uma forma para ampliar ainda mais minha carreira artística, um privilégio cantar a composição do maestro João Carlos Martins e a ária A Rainha da Noite, uma composição, que muitas artistas se prepararam uma vida inteira”.

Serviço:

Data: 06 de Março á 05 de Abril

Local: Teatro Itália

Endereço: Av. Ipiranga, 344 - República

Horário: Sexta às 21h | Sábado às 20h | Domingo às 19h

Horário da Bilheteria: De Terça à Domingo: Das 15H até o início do espetáculo.

Informações: (11) 3120-6945

Ingressos: R$ 60,00 (com opção de meia entrada)

Vendas: Bilheteria | Online

Duração: 90 minutos

Classificação: 10 anos

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