(Foto: Divulgação)
Todo ano, o chef Claude Troisgros viaja de moto pelo Brasil e por outros países da América do Sul em busca de inspiração para sua cozinha. “Eu sou motociclista desde os 17 anos de idade. Ando de moto todo dia, moto é minha paixão, não consigo andar de carro nem na cidade”, revela o chef. A última viagem foi por quatro diferentes estados brasileiros: Alagoas, Pernambuco, Bahia e Sergipe. A novidade é que desta vez uma equipe de filmagem acompanhou toda a aventura e o resultado será exibido no GNT no dia 31 de janeiro, às 23h30, no documentário “Claude – Além da Cozinha”, dirigido por Ricardo Pompeu.
Foram 19 dias de viagem e 2800 quilômetros percorridos – a maioria em estradas de terra. Com a ajuda de moradores locais, Claude fez ceviche de cactos, acompanhou o preparo de uma buchada de bode pela primeira vez, descobriu um mercado de peixes em Sergipe - onde é descascada uma tonelada de camarão por dia que abastece todo o Brasil - e encontrou muitas outras surpresas pelo caminho. “Quase tudo que estava programado foi para o beleléu”, comenta Claude sobre os improvisos e encontros espontâneos que aconteceram durante toda a viagem. “O Claude é uma pessoa ligada às pessoas e às coisas simples e também a sua profissão, aos ingredientes e às coisas que vem diretamente da terra. Ele valoriza isso sobre qualquer outra coisa e eu enxergo que é um olhar que pouca gente que o vê na televisão tem”, comenta Roberto d’Avila, diretor da Moonshot Pictures responsável pela produção e direção geral do documentário.
Mariana Koehler, diretora de conteúdo do GNT, completa: “A maioria das pessoas que o Claude conheceu pelo caminho não sabia quem ele era, não sabia de sua trajetória na culinária mundial e isso o deixou mais à vontade, tornou as conversas e trocas de conhecimentos culinários ainda mais genuínas e emocionantes”.
Roberto conta ainda que pensou o documentário como uma forma de aproveitar a rotina do Claude para mostrar um outro lado do chef, absolutamente cinematográfico e reflexivo. "A ideia de fazer o documentário foi a partir da minha percepção da simplicidade do Claude Troisgros, em como ele confia em seus instintos básicos e primários e se guia pela sua percepção das pessoas. Fizemos isso utilizando uma linguagem documental em primeira pessoa, seguindo o Claude durante uma viagem que ele costuma fazer de moto todo ano, com o propósito de entrar para dentro de si e ser uma viagem reflexiva”.