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Redação

Rodrigo Pandolfo vivencia brilhantemente pela segunda vez o maestro João Carlos Martins em “Concerto


(Foto: Ale Catan / Divulgação)


O emocionante exemplo de talento, genialidade e superação de João Carlos Martins inspira o espetáculo teatral Concerto para João, com direção de Cassio Scapin e texto de Sérgio Roveri. A trajetória do maestro mais amado do país já foi contada no cinema pelo filme “João, O Maestro” (2017), de Mauro Lima, que, assim como a peça, traz como protagonista o ator Rodrigo Pandolfo.


A trama se passa entre o real e os sonhos do maestro, que revê os momentos mais importantes de sua existência. O ator Rodrigo Pandolfo, que já havia interpretado o maestro no cinema, retoma o personagem agora nos palcos e divide a cena com Duda Mamberti, Ando Camargo e Michelle Boesche.


“Cinema e teatro são veículos muito distintos, então, invariavelmente, existe um pequeno abismo entre os dois. Desta vez, certamente, vou descobrir camadas mais profundas e me apropriar com mais segurança dessa figura tão interessante. A dramaturgia do espetáculo é muito distinta do filme. Ela foge da biografia cronológica e os personagens, a temperatura, a direção, as situações, os atores são todos diferentes”, comenta Rodrigo Pandolfo.

Para ele não há muita diferença entre interpretar um personagem real ou fictício. “O trabalho é o mesmo. A responsabilidade de fazer o João já está implícita. Quero mais é me divertir e jogar alegremente com meus companheiros de cena”, diz.

A encenação se passa durante uma das várias cirurgias às quais o pianista foi submetido para tentar continuar tocando. Dividido entre o sono da anestesia e a vigília, ele revive alguns de seus grandes concertos, narra os inúmeros episódios de superação e recebe a visita de um homem misterioso, com quem estabelece uma relação humana e musical.

O próprio maestro João Carlos ficou surpreso com o texto. “Por nunca ter conversado com o Sérgio Roveri na vida, impressionei-me muito com a peça. Parece que ele esteve dentro da minha alma desde os 18 anos. Ele soube captar o que passou internamente entre a dúvida de achar que eu tinha uma missão e a dúvida de levar essa missão adiante, sabendo que eu tinha uma distonia cerebral. Essa espécie de ansiedade aliada a uma interrogação do que seria o meu amanhã, durante esses 60 anos, estão impressos dentro as peça toda”, revela o maestro.

Este é o quarto trabalho sobre a vida do maestro. “Já foram feitos dois documentários na Europa e um filme aqui no Brasil, todos muito bons. Pura arte. Agora, no teatro, há uma espécie de mistério na ligação entre o elenco e o público. Falo isso, porque muitas das minhas gravações foram feitas ao vivo, com público, no fundo, o que fiz de melhor é quando tinha o público ouvindo, aquela ligação fazia com que todas as gravações tivessem algo de mistério. Para mim o Pandolfo chega à beira da genialidade”, afirma.


Um pianista renomado no mundo inteiro que já gravou a obra completa para piano do compositor Sebastian Bach, João Carlos Martins é exemplo de superação e dedicação que após enfrentar os problemas físicos que provocaram atrofia dos movimentos das mãos, tornou-se maestro, com um grande destaque, criou a Bachiana Filarmônica SESI-SP para os jovens carentes. Estes fatos e tantos outros marcantes da vida de João Carlos, são relembrados no espetáculo de forma não cronológica, mas por meio de uma dinâmica que mistura realidade e ficção.


Mais do que uma boa história, o que emociona e envolve o público é a forma de contar a história. No caso de Concerto para João é isto que acontece: a trajetória de João Carlos Martins, já tendo sido revelada de diversas maneiras, ganha nova dimensão pelas mãos do autor e pela visão cênica do diretor Cassio Scapin.


Serviço:

​Local: Teatro Faap

Endereço: Rua Alagoas, 903 – prédio 1 – Higienópolis

Temporada: De 10 de Agosto até 02 de Dezembro

Horários: Sexta e Sábados às 21h | Domingo às 18h

Ingressos: R$ 75,00 (com opção de meia entrada)

Vendas: Bilheteria | Online

Horário de funcionamento da bilheteria:

Informações: (11) 3662-7233

Duração: 80 minutos

Classificação: livre

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