(Foto: João Caldas / Divulgação)
A peça propõe uma lente de aumento sobre a sociedade contemporânea. Temas como indivíduo, civilização, sexualidade, política, violência, nação, miséria, riqueza, gênero e desejo são abordados.
“Tudo o que é humano interessa, tudo que é próprio de cada um dos atores tem valor enquanto observação da vida, tal qual ela se apresenta agora.” diz Bia Lessa.
O espetáculo é absolutamente contemporâneo e, ao mesmo tempo, atemporal. A dramaturgia do espetáculo foi concebida a partir dos ensaios, e seu resultado é uma escritura cênica e não um texto convencional. O resultado transita entre artes plásticas, teatro e dança.
A escolha do Teatro Novo, administrado pela W7 Produções, deu-se por ser um local preparado para receber essa montagem, onde a ideia do inacabado – mesmo estando pronto para essa primeira fase do projeto arquitetônico – está presente, um espaço entre. Entre as ruinas que representam o que o teatro foi, e o futuro que virá com a conclusão da reforma. Assim é o espetáculo, assim é a vida hoje, entre um futuro onde a humanidade superará suas questões estruturais, ou um futuro desastroso.
O espaço cênico de 23 X 20 m é composto por 8 mil peças de roupas, onde os 4 atores desenvolvem suas performances. Todas essas roupas serão doadas a instituições de caridade ao final da temporada.
Dando sequência a pesquisa que a diretora vem desenvolvendo a partir do espetáculo Grande Sertão: Veredas, a trilha sonora é desenvolvida em várias camadas onde música, ruídos, ambientes e a voz dos atores (manipuladas tecnologicamente) dialogam entre si.
O elenco é formado por Cláudia Abreu, Leandra Leal, Luiz Henrique Nogueira e Rodrigo Pandolfo, atores de diferentes formações e experiências, que juntos vivem 150 personagens de diferentes nacionalidades.
A ficha técnica conta com Sylvie Leblanc no figurino, Dany Roland na pesquisa e trilha musical – parceiros de Bia Lessa há muitos anos. Amália Lima e João Saldanha, profissionais ligados àdança como assistentes de direção, e Bruno Siniscalchi como diretor assistente – parceiro de Bia Lessa no espetáculo Grande Sertão: Veredas. Estevão Casé para a criação da espacialidade sonora e a manipulação das vozes dos atores. Essa sonorização especializada é parte fundamental da encenação, uma vez que cria ambiência compondo paisagens, utilizando-se de som cinema e não de teatro.
Esse projeto é uma iniciativa e idealização dos atores Cláudia Abreu e Luiz Henrique Nogueira e convidaram: as produtoras Selma Morente e Célia Forte, que imediatamente se propuseram a realizar esse projeto, através da Morente Forte, os autores Jô Bilac e Júlia Spadaccini, e Bia Lessa para a concepção e direção – que agregou ao grupo o escritor Andre Sant’Anna, e a equipe acima citada.
Serviço:
Temporada: 01 de Junho até 29 de Julho
Local: Teatro Novo
Endereço: Rua Domingos de Moraes, 348 – Vila Mariana
Informações: (11) 3542-4680
Bilheteria: terça a quinta, das 14h às 19h; sexta a domingo a partir das 14h.
Vendas: www.ingressorapido.com.br
Horários: Sexta e Sábado às 21h | Domingo às 18h
Ingressos: Sexta R$ 50 | Sábado e Domingo R$ 70
Duração: 90 minutos
Recomendação: 16 anos