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Histeria trás aos palcos Cassio Scapin, Pedro Paulo Rangel e grande elenco

Bianca

(Foto: Priscila Prade / Divulgação)


Em 1938, o pintor surrealista Salvador Dalí visita o pai da psicanálise Sigmund Freud, este já padecendo de uma doença incurável e às portas da morte. Freud havia recentemente escapado da Europa nazista e estabelecera-se em Londres. Deste encontro histórico, e algo inusitado, surge a matéria prima para Histeria, comédia escrita pelo aclamado dramaturgo inglês Terry Johnson.


Numa das sequencias mais absurdas da trama, dilatada pelos efeitos da comédia física, Dali encontra Freud em seu consultório, onde ele, atrapalhado por uma série de situações cômicas anteriores, encontra-se segurando uma bicicleta coberta por caramujos, com uma das mãos presa dentro de uma galocha e com a cabeça enfaixada numa espécie de turbante. O mestre surrealista, fascinado pela visão, conclui: "O que Dalí vê apenas em sonhos, você vive na realidade!" Sem dúvida, um dos maiores encontros do século passado. A psicanálise e o surrealismo. A psiquê humana e o delírio imaginário.


O século XX presenciou, com rapidez quase assustadora, a evolução da aventura humana em suas mais diversas trilhas. Nas ciências, nas artes, nos esportes, nas guerras, nas conquistas sociais, nos seus caminhos e descaminhos. Não por acaso, também foi o século que assistiu a explosão da psicanálise, a revolução sexual, o nascimento do surrealismo e a expansão das drogas alucinógenas..

(Foto: Priscila Prade / Divulgação)

Durante o episódio retratado na peça, as certezas de Freud são questionadas por duas outras personagens, enquanto a obra de Dali é satirizada numa visão auto parodiada dele próprio. Entre diálogos inteligentes, situações farsescas, ritmo frenético e até alucinações, surge uma das “encruzilhadas” do texto: retirar a essência do mito é minar o fundamento da fé?


Utilizando a linguagem do humor, onde a comunicação é privilegiada para que o público possa mergulhar em temáticas complexas e não cotidianas, o autor coloca “respiros dramatúrgicos” para que reflexões mais profundas possam ser feitas. Artimanha usada para em seguida arremessar a plateia em mais uma vertiginosa sequencia de situações hilariantes e de apelo popular. Uma grande demonstração da elaborada carpintaria teatral de Terry Johnson.

Serviço:

Teatro Tuca

Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes

Temporada: 06 de Maio á 31 de Julho

Horários: Sexta e Sábado às 21h | Domingo às 19h00

Ingressos: Sexta R$ 50,00 | Sábado R$ 80,00 | Domingo R$ 70,00

Vendas: ingressorapido.com.br | Bilheteria | 4003.1212

Funcionamento Bilheteria: de terça a domingo a partir das 14h.

Duração: 105 minutos

Informações: (11) 3670.8455

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